CENTRO EDUCACIONAL DE ARTE E CULTURA
PORTAL DA SERRA
RUA RAIMUNDO BANDEIRA, S/N - BAIRRO: PINHEIRO
GUAIÚBA-CEARÁ
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
EIXO: LEITURA E COMPREENSÃO
TEXTUAL
ALUNO(A): ______________________________
I – TEXTO - MÚSICA DOMINGO
NO PARQUE, DE GILBERTO GIL
O rei da
brincadeira
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!...
Ê, José!
O rei da confusão
Ê, João!
Um trabalhava na feira
Ê, José!
Outro na construção
Ê, João!...
A semana
passada
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar...
No fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde
Saiu apressado
E não foi prá Ribeira jogar
Capoeira!
Não foi prá lá
Pra Ribeira, foi namorar...
O José como
sempre
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio...
No fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo
Um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio...
Foi no
parque
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...
Que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Foi que ele viu Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João...
O espinho da
rosa feriu Zé
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Foi dançando no peito
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
(Feriu Zé!) (Feriu Zé!)
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Foi dançando no peito
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
O sorvete e
a rosa
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Oi girando na mente
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
Ô, José!
A rosa e o sorvete
Ô, José!
Oi girando na mente
Ô, José!
Do José brincalhão
Ô, José!...
Juliana
girando
Oi girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
O amigo João (João)...
Oi girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
Oi, na roda gigante
Oi, girando!
O amigo João (João)...
O sorvete é
morango
É vermelho!
Oi, girando e a rosa
É vermelha!
Oi girando, girando
É vermelha!
Oi, girando, girando...
É vermelho!
Oi, girando e a rosa
É vermelha!
Oi girando, girando
É vermelha!
Oi, girando, girando...
Olha a faca!
(Olha a faca!)
Olha o sangue na mão
Ê, José!
Juliana no chão
Ê, José!
Outro corpo caído
Ê, José!
Seu amigo João
Ê, José!...
Olha o sangue na mão
Ê, José!
Juliana no chão
Ê, José!
Outro corpo caído
Ê, José!
Seu amigo João
Ê, José!...
Amanhã não
tem feira
Ê, José!
Não tem mais construção
Ê, João!
Não tem mais brincadeira
Ê, José!
Não tem mais confusão
Ê, João!...
Ê, José!
Não tem mais construção
Ê, João!
Não tem mais brincadeira
Ê, José!
Não tem mais confusão
Ê, João!...
Êh! Êh! Êh
Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!..
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!
Êh! Êh! Êh Êh Êh Êh!..
II – VOCABULÁRIO
01. Observe as palavras destacadas no
texto:
“Foi no parque que ele avistou
Juliana, foi que ele viu
Juliana na roda com João”
Apresente o significado dessas
palavras e explique por que o autor usou primeiro avistou e depois viu.
RESPOSTA: Primeiro José avistou (viu
de longe) Juliana com João, depois ele viu (teve a visão mais aproximada) os
dois e pôde ter a certeza de que eram eles mesmos e de que estavam juntos.
02. Leia atentamente estes versos:
“O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração”
Agora responda:
a) Os verbos gerir e gelar foram
usados em sentido próprio ou em sentido figurado?
RESPOSTA: Em sentido próprio.
b) Qual o significado desses verbos
nos versos?
RESPOSTA: Ferir: magoar, fazer
sofrer/ Gelar: deixar aflito, a espera de uma reação.
03. Leia atentamente estes versos:
O sorvete e a rosa (Ô, José!)
A rosa e o sorvete (Ô, José!)
Foi dançando no peito (Ô, José!)
Do José brincalhão (Ô, José!...)
O sorvete e a rosa (Ô, José!)
A rosa e o sorvete (Ô, José!)
Oi girando na mente (Ô, José!)
Do José brincalhão (Ô, José!...)
Agora responda:
a) Os verbos dançar e girar foram
empregados em sentido próprio ou em sentido figurado?
RESPOSTA: Em sentido figurado.
b) Qual o significado desses verbos
nos versos?
RESPOSTA: Dançar: provocar uma
reação; Girar: confundir.
c) Como podem ser entendidas as
seguintes combinações: dançando no peito; girando na mente?
RESPOSTA: Provocando uma reação
emocional, mexendo com seus sentimentos; confundindo seus pensamentos, sua
razão.
III – RELEITURA DO TEXTO
O texto de leitura desta lição é a
letra de uma música que contém uma narração. Assim, podemos encontrar nela os elementos:
personagens, enredo, espaço, tempo e foco narrativo. Vamos verificar isso.
04. Quem são os personagens
principais?
RESPOSTA: José, Juliana e João.
05. O que sabemos a respeito de cada
um deles?
RESPOSTA: José – brincalhão,
feirante; João – rei da confusão, trabalhador na construção, lutador de
capoeira; Juliana, amada de José, mas passeando com João.
06. Onde se passam os principais
acontecimentos narrados?
RESPOSTA: Num parque de diversões de
diversões.
07. Quando se passam os
acontecimentos narrados?
RESPOSTA: Num domingo à tarde.
08. Qual é a sequencia das ações das
personagens que compõem o enredo?
RESPOSTA: João resolve não jogar
capoeira e vai a um parque de diversões. José guarda sua barraca de feirante e
vai ao mesmo parque de diversões. Lá José vê João e Juliana juntos. Cheio de
ciúmes ele acaba matando os dois.
09. Como é o narrador?
a) Apenas um observador ou ele é
também uma personagem?
RESPOSTA: Apenas um observador.
b) O narrador sabe dos pensamentos e
sentimentos dos personagens?
RESPOSTA: Sim.
III – COMPREENSÃO DO TEXTO
Como
já vimos, o texto Domingo no Parque é a letra de uma música e contém uma
narração. Mas essa narração é feita de uma maneira especial, pois está composta
sob a forma de poesia e não de prosa.
A
poesia trabalha com versos. Verso é cada linha escrita no poema.
Como
poesia, a narração apresenta pequenas sequencias, cortes e figuras de
linguagem. Todos esses recursos mais sugerem impressões ao leitor do que
possibilitam a descrição detalhada de uma cena ou a narração fiel de uma
sequencia de ações.
Para
esse trabalho com as emoções do leitor, o texto poético explora os significados
das palavras. Não os que o dicionário apresenta, mas os significados que as
palavras ganham no texto, e que, portanto, permitem muitas interpretações.
Essas
interpretações dependem ainda das emoções que as palavras e seus significados
despertam no leitor. Por isso o poeta pode dizer:
“O
sorvete e a rosa (Ô, José)
A
rosa e o sorvete (Ô, José)
Oi,
dançando no peito (Ô, José)
Do
José brincalhão (Ô, José)
O
sorvete e a rosa (Ô, José)
A
rosa e o sorvete (Ô, José)
Oi,
girando na mente (Oi, José)
Do
José brincalhão (Oi, José)”
Aos
leitores cabe interpretar, segundo suas emoções, os significados que as
expressões dançar no peito e girar na mente ganham nesse texto.
10. Vamos identificar as pequenas
sequencias do texto. Indique em que verso começa e em que verso termina cada
uma das sequencias seguintes:
a) apresentação de José e de João; R:
1 – 4
b) os momentos anteriores da ida de
João ao parque; R: 5 – 10
c) os momentos anteriores da ida de
José ao parque; R: 11 – 14
d) o momento em que José vê Juliana
com João; R: 15 – 20
e) os sentimentos de José; R: 21 – 38
f) a reação de José movido pelo
ciúme; R: 39 – 43
g) o futuro cheio de negação para
João e José; R: 44 – 47
11. Observe que entre a segunda e a
terceira sequencia existe um corte, isto é, não é dado nenhum aviso ao leitor
que depois de falar sobre João vai se falar sobre José. O leitor percebe isso
por si só. Indique um outro corte na narração.
RESPOSTA: Entre os versos 38 e 39,
quando se deixa de falar do mundo interior de José e é narrado o crime.
12. Um outro recurso usado para não
se fazer uma narração muito direta são os índices, isto é, as pistas que são
dadas ao leitor para que ele vá suspeitando do que pode acontecer. Se o texto é
poético, os índices são mais dirigidos as emoções do leitor do que ao seu
raciocínio lógico. Em Domingo no Parque, ficamos sabendo José está com ciúme de
Juliana. A certa altura começamos a suspeitar de que haverá sangue, que José
vai ferir ou mesmo matar Juliana e João. Que índices nos despertam essa
suspeita?
RESPOSTA: A cor vermelha do sorvete e
da rosa e a faca.
13. Existem no texto algumas
antíteses, isto é, algumas oposições. Por exemplo, um domingo no parque de
diversões sugere um momento de alegria e descontração; entretanto, o que
acontece é uma tragédia. Indique outras duas antíteses do texto que dizem
respeito às personagens.
RESPOSTA: José era brincalhão, mas é
ele que acaba cometendo um assassinato. João era briguento, mas é ele que acaba
sendo morto.
14. Um outro recurso literário que
chama atenção neste texto é a presença das palavras entre parênteses ao final
de cada verso. Quando a letra dessa música é cantada, a parte que esta entre
parênteses é interpretada pelo coro. Na Antiguidade, existia, nas apresentações
teatrais, um coro cuja função principal era questionar ou destacar alguns fatos
que aconteciam na sequencia da história encenada. Podemos dizer que no texto
Domingo no parque ocorre a mesma coisa? Justifique a sua resposta.
RESPOSTA: Sim, porque a parte cantada
pelo coro, indicada pelos parênteses, vai destacando personagens, ações,
índices da narração.
15. Por que o poeta repete
insistentemente a palavra girando entre os versos 29 e 38, que antecedem o
momento da ação de José?
RESPOSTA: Para provocar a imagem da
progressiva confusão de sentimentos e de raciocínio de José.
16. Explique esta metáfora de Domingo
no parque: “Juliana, seu sonho, uma ilusão”.
RESPOSTA: José identifica Juliana
como seu ideal(sonho) e sua esperança de felicidade.
17. Indique outras quatro metáforas
presentes no texto.
RESPOSTA: O espinho da rosa feriu Zé/
E o sorvete gelou seu coração/ A rosa e o sorvete/ Oi, dançando no peito/ A
rosa e o sorvete/ girando na mente.
METÁFORA é a substituição de um termo
ou de um conjunto de termos por outro, estabelecendo uma comparação.
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